VIVER
Falso cuidado
É cortar
As asas do pássaro
Impedindo-o de voar.
Cada um
Tem o seu próprio destino
É como o feixe do bambu
Nascem numa só moita
Crescem
Ao sabor dos ventos
Indicando o norte
Ou o sul
Nunca a mesma direção.
No curso da vida
Um espetáculo pirotécnico
Uma explosão colorida
Em curvas e tangentes
Instantes deslumbrantes
Na memória da retina
Fixam para sempre.
Não se castram os sentidos,
Os sentimentos,
Não se peiam
Nem acorrentam
As asas dos sonhos,
Do imaginário,
Vez que
As realizações são decorrentes.
Se outra oportunidade houvesse
Por certo
Nada haveria de mudar
E continuaria a viver intensamente.
Belo Horizonte, 19 de abril de 2016- Atalir Ávila de Souza.