A DEUSA VENCIDA
A DEUSA VENCIDA
Nas ruínas de vetusta cidade,
O sabre do tempo cortou,
O véu de sua vã castidade
Desnudando o que restou.
Ela foi à rainha dos males
Desunindo os ricos pares
Destruindo muitos lares
Poluindo os raros ares.
De sua soberba e empáfia
Escorreram um amargo fel
Descendo de seu falso céu
Envenenando o solo fértil
Da pátria forte e juvenil.
Os guerreiros selvagens
Armados de força e coragem
Lutaram, venceram, derrubaram.
Todas as falsas divindades
Ela também não resistiu
E simplesmente no chão caiu.
No silêncio frio e morto.
Em seu rosto destruído
Podia se ver um olhar torto
De ódio do que tinha ocorrido
Com seu corpo e sua doutrina.
A maldade é uma quimera
Que arde na fogueira de outras eras
Enganando, tentando ser bela
Um dia mostra seu lado fera.