Tragá-me apenas flores...

Seguimos segregados nessa marcha doente

Doente das fibras, doentes da mente

Há tanta vida querendo mostrar-se

Há tantos resolvidos a dar a volta por cima

E são tantas as dores, espalham-se por todas as linhas

Não se tem um dia, que não estejamos doentes

Essas fibras se enroscaram para nos confundir alma e mente

da gente

Não se tem muito para que lado ir

Mãos não acarinham, não escrevem mais

A cabeça dói, dói não nos deixa em paz

Todo corpo está rendido a todo esse sofrer

E dali cápsulas milagrosas, remédios fortes

E uma vontade imensa de fugir disso tudo

Gritando: Larga-me de vez, deixa que eu viva,

arranca todas as dores, elas me retalham a pele, a carne...

Elas gradativamente me tiram a vida

Tragá-me apenas flores lindas e amáveis do jardim!

Obs: Aqui relato um pouco do que sentimos, quem tem Fibromialgia.

Isabel Tanis
Enviado por Isabel Tanis em 04/04/2016
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