A Verdade

A verdade é como o brilho de um olhar

Pode ser lágrima, sorriso, euforia

Surda às mutantes frases descabidas

Pode ser triste ou fonte de alegria

A verdade é nuda, límpida, transparente,

Como água pura e cristalina de qualquer nascente

Talvez seja como as ondas do mar

Suave e lenta, ou agreste em revoltas voltas ao praiar

A verdade é como o vento, livre, sem amarras

É brisa leve, em ténues toques na mente

Talvez seja como chão seguro ou rede a que te agarras

A verdade é assim tão simples

Como a voz das inocentes crianças

Quando pintam num papel borrões de esperanças

A verdade é um hino verdadeiro

Que se diz e canta com o coração

E faz admirar e calar o mundo inteiro

A verdade ninguém a detém

Porque não quer ser de ninguém

Soltando-se das humanas grilhetas apertadas

É assim a verdade,

Solteira, independente, sóbria

Sem amores ou paixões assolapadas

Mas sempre com razões isentas

Mesmo que amordaçadas

Delfim Peixoto © ®

Delfim Peixoto
Enviado por Delfim Peixoto em 13/03/2016
Código do texto: T5572864
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