Cristalina

Ao balançar que o vento sopra em seu cabelo escurecido

Pude assistir seus olhos passearem pelos meus

Feito pedra cristalina escondida dentre os cílios

Entalhada pelos Deuses para iluminar meu breu

Quão tamanha exuberância essa beleza em demasia

Obra prima feminina que aos meus olhos pertenceu

Perigosa sua grandeza que me causa arritmia

Até a lua se fez dia ao olhar nos olhos seus

Imóvel refém da inércia, tão quieta, arredia

Pele lisa, tão macia, como se tecida a linho

Encantadoramente dispersa, um mistério que irradia

Das mais belas poesias, Sol na tarde de domingo.

Oitavo Anjo do Apocalipse
Enviado por Oitavo Anjo do Apocalipse em 11/03/2016
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