Cristalina
Ao balançar que o vento sopra em seu cabelo escurecido
Pude assistir seus olhos passearem pelos meus
Feito pedra cristalina escondida dentre os cílios
Entalhada pelos Deuses para iluminar meu breu
Quão tamanha exuberância essa beleza em demasia
Obra prima feminina que aos meus olhos pertenceu
Perigosa sua grandeza que me causa arritmia
Até a lua se fez dia ao olhar nos olhos seus
Imóvel refém da inércia, tão quieta, arredia
Pele lisa, tão macia, como se tecida a linho
Encantadoramente dispersa, um mistério que irradia
Das mais belas poesias, Sol na tarde de domingo.