MAR DE LÁGRIMAS
Muitas lágrimas,
ainda derramo.
Pensei,
já as tinha secado.
Mas não,
elas ficam lá
escondidinhas,
formando nuvens.
E quando o calor
abrasa,
eis a tempestade.
Feito chuva
elas desabam.
Queria-as deter,
mas como,
se pode fazer
parar de chover?
Então as deixo rolar.
Feito água de chuva
são canalizadas
para o rio da vida.
E depois vão pro mar
se unir a outras ,
já derramadas.
Para então evaporar,
e aos céus,
a minha dor, levar.