DESNUDAR DA ALMA

Desnudar da alma

Inebriada de surrealidade amanheço...

A noite mais pareceu uma nave sideral em órbita!

Ouvindo palavras que se mesclavam aos sentidos

Com acesso “excessivo” em meu cerne.

Momento quase que insano e inexplicável,

Mas, cheio de lucidez.

E nunca outrora sentido.

Escondidos na recâmara do coração,

Buscando justiça aos meus anseios antigos,

Que se perderam nas cicatrizes do passado.

Lágrimas de saudades daquilo que o tempo nunca desfaz...

Tempos que não voltam para visitar...

E as coisas que ficaram para trás...

São elementos módicos em suas grandezas

Que no silêncio se desvai...

Em meus sentidos trago sua imagem,

Passeando pelos meus instantes,

Vagando nas formas de minha alma,

Ouvindo cada batida do meu coração desconexo.

Num amanhecer espúrio...

Firmo-me nas âncoras das minhas emoções

E escondo-me num abraço fictício e recebo como herança

Apenas conforto ineficaz...

Mergulhei no que a minha alma deseja constantemente

A cada passo que dou, deseja-te perpetuamente

Talvez me exaurindo em tentativas efêmeras

Como se eu só conhecesse o “não”

Sem desfalecia, insisto

Na busca incansável e incessante de preencher meu coração.

Que explode de sentimentos invisíveis...

Tempo que passa, horas que correm...

Dos olhos escorrem sentimentos saudosos e tristes,

Procurando refugiar-me no que ainda me resta,

O antídoto de renascença que mora na essência da esperança.

Esqueci dos espaços vazios e solitários por um instante...

Cativada ao que não existe mais...

Enquanto não acontece o milagre do amor enfim

Adormeço e desperto sonhando com um “sim”

Acreditando no amanhã, até chegar ao fim.

Inebriada de surrealidade amanheço...

Ouvindo palavras... fugindo da insensatez. !!!

By Joelma Antunes

Joelminha
Enviado por Joelminha em 25/02/2016
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