Uma vez em Madri

Vestido de dourado,mas que belo espetáculo .

Com sua capa vermelha empunhando na mão a espada.

Faz pose e sapateia no chão arenoso.

Feri o corpo e mata a alma .

Alma que ele mesmo já não tem.

Seu adversário,um bruto animal irado irracional.

Mas em seu olhar a angustia de estar ferido e humilhado.

A plateia em delírio grita " Olé...Olé " .

Um som entontecedor que incomoda e anuncia .

O destino já está traçado escrito com sangue.

E sobre a areia tingida de vermelho cai de joelhos,

O bruto espera do golpe derradeiro.

Luiz Otavio Bizella
Enviado por Luiz Otavio Bizella em 10/02/2016
Código do texto: T5539023
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2016. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.