DIAS DE MENINO
Eu vivia os meus dias de ainda menino.
Sempre que chegava da escola após onze horas,
almoçava e ia correndo subir no pé de jabuticaba.
Depois de chupar algumas frutas gostosas
deitava confortavelmente em uma galha.
Contemplando as nuvens branca lá do céu
pude observar que elas pareciam formar figuras.
As nuvens pouco a pouco iam se movimentando
e no meu pensamento imaginei o vento soprando
todas aquelas nuvens lá do alto para o outro canto.
Observei na nuvem a forma da figura de um cavalo.
Como foi que ele surgiu lá no alto?
Voou minha imaginação e no cavalo surgiu asas.
Como pode tal figura se formar naquelas nuvens?
Como ainda era menino não encontrei no pensamento a resposta.
De repente, na nuvem surgiu um arco se formando.
Havia nele uma flecha com a ponta.
Lembrei das histórias contadas pela professora.
Pensei que o cupido na hora me flechou.
Quando se é criança a gente fica enamorado
por alguém que na sala de aula nos educa.
Olhando para o alto as nuvens tinham sumido.
Deitado ali na galho do pé de jabuticaba
fechei meus olhos e adormeci.
Quando acordei eram cinco horas da tarde.
Desci depressa do pé de jabuticaba.
Com a fome que estava fui tomar café.
Minha mãezinha me recebeu sorrindo.
Ela era mais bela que a minha professora.
_ Jacques, lave as mãos e depois venha tomar café...
Obedeci a ordem dada com alegria.
Aquele foi o café mais gostoso que já provei
na companhia da minha mãe querida.