Cedinho
De manhã cedinho
a cidade dorme.
Não na noite, na madrugada;
não no dia,
no sol, na labuta.
É de manhã cedinho
quando a pressa,
a ansiedade
os problemas
a impaciência
o mau humor
os inocentes
a ignorância
e toda “gente do mal”
vive uma trégua...
Ali acontece um hiato,
ainda!
Um olhar amoroso
uma suavidade
uma energia boa
envolve a cidade...
ainda!
É o abraço da aurora,
uma esperança teimosa!
De manhã cedinho
só a passarada
compondo
poetando!