Coração
Silencioso, clama calmamente
Bombando sangue fraco e doente
Drogas pesadas, venenos, porradas
Decepções, baladas, choro, aguardente
Tantos amores, paixões, meninices
As poesias eram tão pesadas
Ficou tão fraco que caiu em pranto
Acabou no canto, o sangue virou agua
Tantas mentiras, tanto olhar maldoso
Tanta malícia, paixões, terremotos
Não aguentou essa rotina hostil
Sofreu tão calado, e hoje explodiu
Calou agora esse órgão tão frágil
Meus olhos hoje amanheceram frios
Não há mais prantos ou risos calorosos
Acabou o ódio, e é mais fácil assim.