Realejo

No vazio do silêncio

Rever o compêndio de mim.

Desde o início, no sacrifício,

Esquecer de dormir. E assim,

Amanhecer com sede

Em dias de seca

Desconhecendo fim.

Há sons nas licões.

Monções.

Deliberadas ações.

Trajar risos

Concisos, francos.

Incisos rompantes

Reincidem nas minhas noites.

Meus dias: açoites.

Dadas horas, com sorte,

Nortes.

Alheio,

Repúdio.

Consortes,

Melhor a morte.

Luto, não fujo.

Reluto.

Sou luto.

Nuto, desejo.

Amém.

Quem vem?

Realejo.

EuMarcelo
Enviado por EuMarcelo em 03/12/2014
Código do texto: T5057943
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