Sétimo Céu
 
 

Fogo do céu,
Cometa cigano.
Alma do universo.
Oração de verso de estrelas.
Notas de músicas.
Dedilham teclas de um piano.
Na distância, ecos da memória.
Qual dúvida, qual interrogação.
E ser seria mera exclamação?
Ou tudo se resumiria num ponto,
Um único ponto.
Onde o obscuro,
Explodiu em fragmentos de luzes.
Galáxias perdidas, sóis brilhantes,
E transborda o pulsar de um coração.
Criaturas perdidas do Criador.
Não é necessário o paraíso,
Não são necessários os infernos.
Mas são urgentes as asas,
É preciso não perder o céu,
Asas do vento, velas de brisas,
A música sussurra,
Os sentidos são todos em um.
E silêncio conta seus segredos.
E o vazio já se diz pleno.
E o ínfimo,
Por um instante foi eterno.
E brincou, riu-se,
Ganhou lágrimas de alegria.
Curvou-se, dobrou os joelhos,
E solitário orou...
Gilberto Brandão Marcon
Enviado por Gilberto Brandão Marcon em 24/03/2012
Reeditado em 20/10/2019
Código do texto: T3574065
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