Mariposas Humanas

 

Pálida existência,

De dores sem graça,

De felicidades fugazes.

Melhor a alienação,

Do que a sabedoria?

Vivendo por instintos,

Animais civilizados,

Tolas mariposas,

A chocarem com a luz,

O calor artificial,

A falsa luz,

E dói mais a ilusão,

Ou saber a verdade?

E qual é a verdade?

Senão reconhecer à fragilidade,

Em encontrar com a efemeridade.

Então: mariposas conscientes?

Tolos travestidos de sábios,

Não mais que isto,

E então caberia aos sábios

Assumirem a própria tolice.

Copo de bebida amarga.

Coração cansado.

Não quer a vida.

Ainda não se entendeu com a morte,

E então, sorri, recria a face,

Perdidas expressões.

Fecha os olhos,

Mariposa estúpida,

Sonha com seu vôo,

Casulo alado,

E não vieram lágrimas,

Não chegaram sorrisos,

Não chegou a lugar algum.

Gilberto Brandão Marcon
Enviado por Gilberto Brandão Marcon em 28/02/2011
Reeditado em 14/01/2020
Código do texto: T2819701
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