Solidão solitária
Eu prefiro ser só sozinha
Ao invés de ser só em uma multidão
E a solidão me persegue
Por mais que eu tente escapar
Ela me devora
A cada batida do meu coração
Que cada vez bate mais devagar
As pessoas tentam me agradar
As coisas tentam me fazer esquecer
Mas só na música encontro um refúgio
Mesmo que só
Ainda assim não consigo me livrar
Desse monstro que me persegue
Dessa doença que me consome
Destruindo pouco a pouco
Até que um dia
Não haverá mais o que destruir
Um último adeus para eu voar
Um último delírio
Um último suspiro após a lucidez
A prisão sem fim que há em mim
Em meio a tristeza e ao esplendor
Reação inexplicável
Felicidade inalcançável
E a agonia de uma vida
Que não pode ser sentida
Que foi apagada e destruída