Dai-me a morte, ela virou a costa é sorriu....

Se pudesse voltar no tempo

Até seria diferente

Guardaria as mágoas,

Seguiria confiante

Mas nada posso,

Até o tempo é rebelde

Olho no espelho da vida,

Traços marcados, firmes, ásperos,

Nada mais restou

Cadê as raízes, meu sangue,

Cadê?

Nem os mesmos sobraram.

Todos viraram as costas,

Foram embora...

Deixaram-me

Até pacto fiz com o céu

Pedi, gritei, rezei

Nas preces que acreditava

Ó Deus meu,

Da-me a morte

Mas ela fingiu

Fazendo-me desacato, repelindo-me.

Achava que não era merecedora,

Virou as costas é sorriu

Nem sabe como é triste viver só

Até as sementes sumiram, cadê!

No incógnito das sombras

Eu vivo a gritar

Estou aqui Aline e Alissa!

Nem vento para escutar

Mas na teimosia,

Perco-me,

Grito novamente

Da-me á Morte

Da-me á Morte

Mil vezes morreria,

Prefiro á morte.

Não ter sangue,

... Nem sementes.

E morrer lentamente

Hoje não importa, já estou morta!

Por favor, venha me buscar.

A Morte assim veio e disse-me:

Queres a Morte cara poetisa? Eu te darei!

Poetisa Bela...

Chegou a hora do desapego,

da transformação e do renascer.

Aprenda a usar seu desprendimento e saiba ceifar o que não mais convém.

Eis a sua Morte:

O renascimento para uma nova etapa de vida!

Ouvir,

A morte com Vida,

me fez

Reviver.

Di_Angels