Domingos
Saio pelas tardes dos meus tristes domingos
No silêncio das pessoas e dos objetos.
Vou sem companhia por entre alguns caminhos
Por entre as curvas do meu trajeto incorreto.
Ando no vazio dos meus estranhos domingos
Murmurando as lágrimas da desilusão.
Vejo o vento carregar as minhas promessas
Argumentos tolos de uma infeliz condição.
Dobro as esquinas dos meus escuros domingos
Dias solitários sem um mínimo vigor.
Corro perigos com a minha própria sombra
Entre o desespero, a dor e o desamor.