Solidão
Só quem habita
O abraço frouxo da noite
Conhece a dimensão
Desse invisível açoite
Que se chama solidão.
Só quem visita,
Em vigília, a madrugada,
Até o romper do dia,
Conhece o imenso tormento
Que se chama nostalgia.
Só quem percorre
Os dias como vento gélido;
Corpo inerte, alma lívida,
Como chuva no estio,
Conhece tamanho vazio.