Denuncia
Um grito extenso
Fez meu olhar lentamente mortiço
Na amplidão de min’alma
Brota o veneno da mais fatal serpente
Em penumbra me encontro
Ardiam vulcões em meu peito
Encontraras hoje apenas cinzas
Que fazem ninho em meu “templo”
Não vejo as estrelas ao fechar os olhos
Oh! Choroso orvalho beija-me
Derrama o solitário choro
Escorrem em sombras, mergulhado em tristeza
Angustiado em volto a mortualha
Poderia todo o oceano vala-me o palácio?
Que abriga à multidão a sofrer!
Sonho silenciosamente com o florecer de teu rosto invisível
E os teu lábios reproduzindo confidências
Intimas,soprando denuncias eternas!
No entanto provo da sombria solidão
De um frio há petrificar-me
A impressa infelicidade
Vindo quebrar-me o silêncio
Por um soluço!