Solidão à luz de velas
Mais uma vez sentado em meu quarto em um dia chuvoso aqui estou.
As velas que a pouco acendi para conter a escuridão
Criam sombras por todos os cantos do quarto
E aos poucos vão se tornando minhas únicas companhias.
Lá fora a chuva silenciosa chora ao cair solitária na rua
Olho para os lados e não encontro nada além de sombras
Tento chorar, mas não tenho mais lagrimas para derramar.
Agora sinto o quanto sou humano, pois despertei do sonho que era a vida.
E vejo o quanto estou sozinho neste mundo.
A solidão trouxe de volta a morte que a muito não habitava meu coração
E Lentamente vou descobrindo o gosto amargo da sua ausência.
O gosto amargo de não ter ninguém ao meu lado.
A chama das velas agora vão se apagando lentamente
Da mesma forma que a chuva vai parando.
Enquanto isso vejo as sombras irem desaparecendo aos poucos.
E aos poucos vou ficando sozinho entre quatro paredes novamente.
Mas rezo para que amanhã possa ter outra vela para acender.