Solidão à luz de velas

Mais uma vez sentado em meu quarto em um dia chuvoso aqui estou.

As velas que a pouco acendi para conter a escuridão

Criam sombras por todos os cantos do quarto

E aos poucos vão se tornando minhas únicas companhias.

Lá fora a chuva silenciosa chora ao cair solitária na rua

Olho para os lados e não encontro nada além de sombras

Tento chorar, mas não tenho mais lagrimas para derramar.

Agora sinto o quanto sou humano, pois despertei do sonho que era a vida.

E vejo o quanto estou sozinho neste mundo.

A solidão trouxe de volta a morte que a muito não habitava meu coração

E Lentamente vou descobrindo o gosto amargo da sua ausência.

O gosto amargo de não ter ninguém ao meu lado.

A chama das velas agora vão se apagando lentamente

Da mesma forma que a chuva vai parando.

Enquanto isso vejo as sombras irem desaparecendo aos poucos.

E aos poucos vou ficando sozinho entre quatro paredes novamente.

Mas rezo para que amanhã possa ter outra vela para acender.

Tarcisio Marinho
Enviado por Tarcisio Marinho em 05/05/2008
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