Solidão
Estou sucumbindo a essa solidão,
Quanta melancolia.
Escrava de lembranças
Torno-me a cada dia
Torno-me refém dessa tristeza
E pouco a pouco perco a esperança,
De definitivamente arrancar do coração,
Essa magoa e essa incerteza
E esse sentimento profano.
Peço a Deus que me perdoe
Pequei tanto que agora
Creio que o meu castigo
É aguentar esse martírio.
Ao mesmo Deus que peço perdão,
Peço que me fortaleça
E que acabe com essa prostração
Fazendo com que eu esqueça
E não mais amoleça
Toda vez que o ver, e ouvir a nossa canção.
Maldita solidão
Faz- me escrava de ti
Não tens dó de mim?
Temo que seja meu fim.
Sangro em devaneios.
Que nunca hão de acontecer.
Solicito a tua ausência,
Pensando em tua presença.
Como hei de suportar?
Caio em um abismo
Grito, choro, tento sair
E volto a cair...
Lembro-me da doçura
Mas o real é acerbo.
Medito e logo vejo com clareza,
Hajo com sutileza
E logo em mim se inocula
Aquele sentimento maldoso
De frivolidade.
Por enquanto em fantasias
Almejo a liberdade
Essa liberdade tão distante
Que não alcançam as minhas mãos
Que juntas pedem com lhanesa,
O fim dessa Solidão!