Palco da vida
No teatro da vida
Sempre vivi a representar
Às vezes rindo outras chorando
Quase sempre dramatizando
Visto que difícil é sorrir sem amar
Ninguém anuncia o meu nome
Não há ninguém, para aplaudir
Final do dia, cortinas se fecham
A vida não para, e precisa seguir
No silencio ouço o vaiar Indolente
A dor pela maquiagem disfarçada
O choro quieto abre trilhas no rosto
Ninguém percebe a agonia camuflada
Alzira Souza
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