Sonho

Fechar os olhos ao horizonte,

Horizonte de tanta esperança, quis.

Quando finalmente encontrei quem acreditei ser a minha eterna busca,

Descubro ser ela, de outrem.

Cabisbaixo a acompanhar a lágrima que se espatifa ao chão...

Por momentos,

Suspirei.

Acreditei ser a amada,

Dos tantos sonhos perdidos,

Minha amada, meu sonho.

Olho novamente o horizonte,

Suspiro,

Quase sem ar. De cansaço, da busca perdida.

Lágrimas lacrimejam espontaneamente,

Ao fundo, um pássaro canta...

Nunca pesaram tanto, os meus ombros...

Sem o seu afago,

Sem o seu carinho,

Suspiro de amor,

Por uma busca... insana... poética.

Ao hoje... platonismo,

Mais uma vez, rogo aos céus.

Por que, tanto castigo? Tanto isolamento?

Até a lua não tem o mesmo brilho de outrora.

Até o mar... é vazante.

Maré que esvai, levando a minha alma,

Machucada de tanto sofrer.

Pelos espinhos da roseira,

Que tanto machucaram a minha alma.

Minha amada... sem rosto,

Sentimentos afagados pela brisa. Até quando?