As duas moradas

Cruzo alamedas,

reinvento ruas,

ando bem vestido

procurando vê-la nua

com o apetite dos meus passos

e a cor do meu abraço

e os olhos de certa dor

que jamais foge

e que carrego como um mau alforje

a ir-se com as minhas.

Cruzo o mundo inteiro antes de chegar em casa

e saber que tenho duas moradas:

uma em ti,

outra em mim...

mas ambas separadas!