Tropeço

Tropeço

 

Um dia…como está longe esse dia!

E tão perto na minha lembrança.

Encalhamos, tu e eu

no mesmo porto de abrigo.

Ambos, enredados ficamos

nas malhas do nosso destino.

Os braços da afeição nos tomou.

Nem vagas, nem noites escuras

de tempestade nos amedrontou.

Foste a rota da minha aventura,

que até ali o mar me levou.

ambos naufragados

nos tomamos nos braços

do enleio da afeição que nos aprisionou.

Foi acaso ? Desígnio?

Apenas a eterna procura que cessou.

Eu e tu, um abraço infinito.

Que nos marcou

E o amor jorrou das profundezas

das nossas paixões

e, no meu coração se alojou.

O lugar onde guardo as minhas emoções,

as minhas quimeras, as minhas nostalgias

grandes tropeções, pedaços de felicidade.

Esse tropeço nos enredou na vida.

Amarrados a esse porto de quimera continuamos

E hoje, que é passado de uma ventura de felicidade,

apetece-me abrir o peito e, tirar esse obstáculo

que me atropela a caminhada.

Mas afinal, é nele que me acolho e aqueço a minha saudade.

 

De tetita

21-04-08   


publicado na ciranda do site de Paulo Nunes Junior

Tetita ou Té
Enviado por Tetita ou Té em 21/04/2008
Reeditado em 21/04/2008
Código do texto: T955230
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