Eduarda

Eduarda chegou em casa

Puxou a cadeira e sentou

Pois-se a pensar

Como o dia passa sem eu notar

Eduarda fumou seu suicidio

E decidiu parar

Já não sabia amar, tanto tempo sem namorar

Que seus labios cansaram de esperar

Por um beijo que não vai chegar

Eduarda esquentou a comida e foi banhar

Ao sair do banho foi jantar

Jantou sua aflição e foi se deitar

Na sua cama vazia e fria

Deitou sem se embrulhar

Parou mais uma vez para pensar

Como a solidão pode me matar

Passou a noite acordada

Ao amanhecer o dia fez saber

Que sempre devemos

Procurar o que nos faz bem

E a solidão não faz bem pra ninguém.