O dia seguinte

É meio angustiante tentar adivinhar o amanhã.

Parece que nunca chega;

Parece até uma imensa fila de estranhos;

E que nunca é a nossa vez.

Tentar encaixar as peças no tabuleiro

É tarefa massacrante.

Uma perturbadora tentativa de adivinhação,

Um calabouço secreto, cheio de rosas;

Talvez até cheio de espinhos.

Perfuram os dedos fazendo pingar gotas de dor.

O medo maior é não ter o dia seguinte;

É deparar-se sozinho com a possibilidade do vazio.

O nada é imensurável, talvez muito, talvez pouco.

Pode ser um sonho ou um pesadelo constante;

Uma cura, uma doença, um karma;

Pode ser até o princípio, ou o nada!

Valter Pereira
Enviado por Valter Pereira em 14/04/2008
Código do texto: T945795
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