O dia seguinte
É meio angustiante tentar adivinhar o amanhã.
Parece que nunca chega;
Parece até uma imensa fila de estranhos;
E que nunca é a nossa vez.
Tentar encaixar as peças no tabuleiro
É tarefa massacrante.
Uma perturbadora tentativa de adivinhação,
Um calabouço secreto, cheio de rosas;
Talvez até cheio de espinhos.
Perfuram os dedos fazendo pingar gotas de dor.
O medo maior é não ter o dia seguinte;
É deparar-se sozinho com a possibilidade do vazio.
O nada é imensurável, talvez muito, talvez pouco.
Pode ser um sonho ou um pesadelo constante;
Uma cura, uma doença, um karma;
Pode ser até o princípio, ou o nada!