Solitária insanidade...
Estou em meu quarto melâncolico e gélido,
Ouço as vozes emudecidas das paredes,
Tudo me é transparente e descolorido,
Sofro a angustiosa incompriensão dos seres.
Minha companheira inseparavél é a razão,
Os outros sumiram revoltados,
Vivo a vida em completa reclusão,
Acho que até minha companheira tem me deixado.
Estou a mercê do destino,
Nada tenho a fazer, pois,
Estou sofrendo de um terrivél desatino.
Tudo que tenho não existe, é irreal,
Nada me resta, se não minha companheira,
Que aos poucos esta tornando-se desleal.