SOLITARIO DA SOLIDÃO

SOLITARIO DA SOLIDÃO

Sua solidão acompanhada pelo vazio

caminhando na cruel vida do abandono,

sem conforto sem descanso, aquecido

pelo resto que sobrou no garimpo

da sobrevivência...

Solitário da solidão perdido na avenida

de sonhos, que seu mundo não conhece,

carregas o peso da discriminação,

seu perfume é a sobra de onde nada restou...

Caminhante errante sem passado sem futuro,

que vive o presente esquecido fugindo de

das pedras que carregas sem reclamar do peso,

sem saber o que é certo ou errado,

tu enxergas a humanidade com medo

de ser engolido...

Teu corpo é a marca do esquecimento,

quando tu partes não voltas,

andarilho sem rumo e esperança,

cruel vida que te reservou

o sofrimento sem direito de sonhar,

a ter esperança a andar pelos cantos

do esquecimento...

Rogério Miranda

poeta da paz

poeta da paz
Enviado por poeta da paz em 07/04/2008
Código do texto: T935227