Duplo Sentido

Um navio de rumo incerto

Em um sonho perdido

Na ilusão da imensidão azul

Vivo o presente

Que o passado me deixou

E ainda escuto o mesmo silêncio

Um eco na caverna dos desejos

O buraco na parede

Sem a marca das correntes

É o sinal que o tempo passa

Com a cabeça sempre baixa

As mãos trêmulas de dor

Coração partido em duplo sentido

Tristeza que se faz presente

E a saudade que nunca me deixou