APRISIONADO
Jorge Linhaça
APRISIONADO.
Dentro d'uma cruz de cristal, fechado
vejo tudo, sem nada poder tocar,
pisando minhas uvas neste lagar,
do mosto, deste vinho, embriagado.
Só a saudade vem me acompanhar...
Internamente, fui , emparedado,
pagando pelos meus muitos pecados,
O maior deles todos?... É te amar...
Translúcida prisão que me impede,
-ao mesmo tempo me faz te desejar-
ter ao alcance das mãos tua pele...
Teus lábios macios, quem me dera beijar
Ah! Essa paixão voraz que m' impele,
aos cristais, desta prisão, estilhaçar.
Jorge Linhaça
APRISIONADO.
Dentro d'uma cruz de cristal, fechado
vejo tudo, sem nada poder tocar,
pisando minhas uvas neste lagar,
do mosto, deste vinho, embriagado.
Só a saudade vem me acompanhar...
Internamente, fui , emparedado,
pagando pelos meus muitos pecados,
O maior deles todos?... É te amar...
Translúcida prisão que me impede,
-ao mesmo tempo me faz te desejar-
ter ao alcance das mãos tua pele...
Teus lábios macios, quem me dera beijar
Ah! Essa paixão voraz que m' impele,
aos cristais, desta prisão, estilhaçar.