Eis-me...

Eis-me...

Delasnieve Daspet

Eis-me a teus pés,

Numa aceitação muda de mim,

Corpo e alma, defeitos,

Inteira no tempo e no espaço,

Resistindo e caindo, levantando trôpega,

As mãos estendendo no apoio que me dás..

Eis-me aqui, uma vez mais,

Plena e vazia

Nua, sem as maldades humanas,

Companheira da mesma estrada.

Calo-me, em meu olhar o nada,

A verdade crua do vazio

Dos gestos que se calam

Na entrega que te faço do meu eu

Eis-me....

Me multiplico, somo, diminuo,

Confusa regra de três

Neste imperfeito mundo

Onde o normal é a loucura,

E anormal é a ternura!

Eis-me, ôca nesta oca,

Em busca de melhora,

Amar deve ser a regra e

Não exceção!

21.03.08 Campo Grande-MS - 15,55hs

Delasnieve Daspet
Enviado por Delasnieve Daspet em 21/03/2008
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