SOMBRAS
Noite de repouso, noite sombria...
Dos corpos cansados da labuta.
Noite do guarda noturno,
Que passa e assobia.
Noite dos motoristas,
Que andam em busca de passageiros,
Para ganhar o sustento da família.
Noite dos cachorros,
Que ladram nas casas em vigília.
Noite do avião que passa,
Deixando o seu barulho,
E no céu se distancia...
Noite do galo que canta,
E que o outro, no mesmo tom respondia.
Noite do ranger dos pneus,
Que iam e vinham...
Noite...Longa noite...
De insônia...
Neste minguar da minha vida.
Angela Pastana...poeta paraense.
Obra: Oásis da Poesia