EREMITA URBANO

Á tempos que não vou mais pras baladas,
são solitárias, minhas madrugadas
estou vivendo assim, a muito mais de ano.
Fui transformado  num eremita urbano.
Mesmo vivendo numa cidades de tantas luzes,
so me representam, uma fila de cruzes,
que deixam tristes, minhas estradas.

Embora no meio de uma multidão,
sinto-me só, como se fosse um ermitão,
tanta gente, que para mim nada significa.
E sei que nenhuma ciência explica
por que escrevo esse triste relato,
e a vontade de mudar para um mato,
onde, se sentisse bem meu coração.

Sinto que ja estou quase morrendo
não vejo o caminho que estou percorrendo
eu sei, fui excluído de felicidade.
Embora viva numa grande cidade
vou, em passos lentos caminhando,
ando com seu nome murmurando
sempre baixinho,seu nome vou dizendo.

Não tenho mais no pensamento fantasia
so lembranças, do que viví um dia
nada consegue matar, não sai da visão.
Ao lembrar, voce dentro do caixão,
sinto minha existência resumida
que me mandará embora dessa vida
não posso viver, sem quem tanto queria.

Minha vontade e de dar bem alto um grito,
mas prefiro dizer nesse poema mal escrito,
para desabafar um pouquinho essa dor.
Não á remédio, por que sofro por amor.
Essa angústia que minha alma invade
deixa-me sozinho nessa cidade
em toda a terra, e tambem no infinito.

Trazendo na alma toda a infelicidade
deve morar comigo, o demonio da tempestade
que minha companhia, não mais deixou.
Aquela bala perdida que te matou,
que tão nova, te mandou para o além
hoje sei, que ela me matou também
não consigo viver, com sua saudade.
GIL DE OLIVE
Enviado por GIL DE OLIVE em 07/03/2008
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