A Hora do “Anjo”
Estou sentado no banco da praça
Pela primeira vez, só...
Sentado no banco da praça
Ombros caídos
Ouvindo o barulho dos pardais
Chegando para brigar por um galho
Um galho das árvores da praça.
Olho pro céu.
O sol já se foi
E deixou um tom amarelo opaco
Pardo, pardacento
Que incomoda meus olhos.
Os meus olhos,
Que guardam uma dor ardente,
Que arde os olhos,
Que arde a alma,
Que queima meu coração
Que novamente não reage
E só quer guardar esta dor nas entrelinhas.
Talvez seja sono!
Acordei cedo demais!
Acordei para sentir esta dor,
Preferia continuar dormindo
Dormindo,
Dormindo...
... Para sempre ...
Acendo um o cigarro de uma galega
Com a ponta do meu último cigarro
E vou-me embora.
Esta praça já ficou chata.