Amores descartáveis são desculpas esfarrapadas
Usados para proteger e evitar intimidade 

O que não pode ser repartido é oculto 
Não deve ser bonito nem agradável

Despojos de fracassos e mentiras mal contadas 
Cultivando ilusões e engôdos em lenta agonia
Perseguindo sombras e segredos 
Destilando o próprio veneno, imaginando as piores vinganças 

Prisioneiro da obsessão derradeira,  poço da desesperança

A solidão se apossa da alma que teme o vazio
A ignorância enfraquece os sentidos

Dor. Cativa companheira da existência reclusa
Zomba da felicidade e desconhece a alegria
Os umbrais do teu luto, existência perdida no coração contrito



 

Giselle Sato
Enviado por Giselle Sato em 03/03/2008
Reeditado em 05/09/2018
Código do texto: T885900
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