Beltame
15/07/2007
Encontro teus olhos
E como desperto
Em um novo dia
Vibra-me a alma
Cheia de encanto
Reforça-me a vida
Pulsa meu peito
Em repleta alegria
Tua chama me encanta,
Me encanta e incendeia
E sinto a paixão
A paixão no olhar
Paixão bem dispersa
Que bem disfarçada
A todos engana
E que só eu sinto,
E que só eu vejo
Quanto mais eu te vejo
Mais eu te desejo
E vejo
E sinto
E sinto e me iludo
E iludido eu minto
E minto a todos
E também a mim mesmo
E disfarço o desejo
Desejo contido, no fundo do peito
No fundo do peito, pra sempre retido
Pra sempre retido, junto ao teu olhar
E plácido estava
Em meu mundo perdido
Mas vens com a força
Com força de um sonho
Tu vens e desperta.
Desperta e me aturde
E desperto aturdido
E me vejo desperto
E acordo iludido
Sem forças me rendo
À força do olhar
E flerto
E enceno
E meço palavras
Pensando no dia
No dia ou na noite
Ou naquela hora
Em que serás minha
Porém, finda a noite
È tudo Ilusão
E como um punhal
Por entre costelas
Vem, rasga-me o peito
E vejo-te ao longe
Pois foste indo embora
E embora distante
Te vejo e te sinto
E morro aos poucos
Pois sei que repousas
Nos braços de outro
Mas não recrimino
Pois estás nos braços
Nos braços daquele
Daquele eleito
Que talvez tu ames
Ou ames bem pouco
Mas ames ou não
É teu pela da lei
E em força da lei
Repousa em teu leito
E repousa em teu peito
Pois é teu de direito