virago

sou virago

mulher forte,

guerreira

nascida em tempo de chuva,

mas que atravessa desertos

que não sabe nadar, mas vive

imersa em mar de lágrimas

e, sobrevive impávida,

intacta

suas dores lhe esculpem

escudo chumbado ao peito,

qual amazona brava.

não temo a solidão

não temo a miséria

nem as tempestades , raios

e nem os furacões

só temo a insensatez humana em querer

a todo custo o poder,

o poder de ter poder

e, destruir tudo por segundos de

cega ambição

sou virago

e minha história me escolheu para

ser assim,

dona de minhas rédeas,

dona de meus passos duros

de minhas mágoas secretas

sou virago

sem perder a ternura pelos filhotes,

pela manhã de sol

e, me emociono ao ver o cair da

tarde,

ao ver a lógica secreta dos dias

a desfilar em bigas romanas

a besta-fera de cada um de nós.

GiseleLeite
Enviado por GiseleLeite em 23/02/2008
Reeditado em 24/02/2008
Código do texto: T871844
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2008. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.