INFORTÚNIO
INFORTÚNIO
A brisa toca meu rosto,
Trazendo consigo seu cheiro
Levando-me ao desvairio das sensações,
Que as lembranças trazem a minha cabeça.
Sinto o gosto de teus lábios,
E aquece-me o calor de teu corpo
Chego a tocar em teu colo,
Quando acordo na realidade da solidão,
Onde me deixaste recluso,
Saboreando o infortúnio de estar só,
Onde galgo passo a passo,
O inferno de tua ausência.
Ah! Que dias felizes,
Aqueles que passavam em tua presença,
Onde tinha tuas carícias,
E sentia que nada mais importava,
Que outro mundo não existia.
Quem dera voltar a viver,
Não ser mais um zumbi,
Ver a vida em teus olhos,
E de teu corpo ter de novo o prazer,
Mas que tardas em teu regresso,
E não mais tornas, como te peço,
E que é eterno seu desquerer,
Desisto, amarguro e confesso,
Que não tenho da vida mais gozo,
E tão pouca vontade de viver.