SOLIDÃO

Autoria de Regilene Rodrigues Neves

Às vezes a tristeza vem

Fantasiada de solidão

Deixa lágrimas espalhadas no coração

Aquém da compreensão desta angústia

Que teima chorar uma dor sem destino...

Ou quem sabe... Por um desatino desta ansiedade

Que me invade em simplesmente infelicidade...

Revira velhos sentimentos

Busca a última alegria sentida...

Cheia de sorrisos... Numa folia de brincadeiras

Igual inocência abraçando a alma...

A face rubra escondendo travessuras...

Procuro esta alegria

Que me preenchia,

Para apagar os rastros desta solidão

Que persiste em ficar sem permissão...

Jogada no meu corpo

Alastra igual maldição...

Pega meus vazios

Abertos sem direção

Agarrados a sofrimentos banais

Faz meus ais prisioneiros

Minha liberdade cativa...

Meu olhar numa carência de ternura

Que afague este sofrer sem querer,

Mas que cresce numa proporção sem limite

Que faz que eu acredite

Ser maior que a alegria

Perdida em meio a essa infinita solidão...

Quisera... Dela... Apartar meu coração!

Viver somente a emoção carregada de sonhos...

Que ao sonhar fosse eterna magia...

Banhada em fantasias...

Vindas no barco da esperança

Que faz vagar solidão...

Numa ilusão passageira do meu coração!

Em 19 de fevereiro de 2008