A Estrada da Verdade
Ó menina das vestes compridas
Porque tais prantos escorrem de teu rosto delicado?
Iludida por esta vida sofrida
Quem agora ousa deixar-te neste estado?
Não creia em falsas palavras a ti dirigidas
Nem ouses arriscar teu pobre coração
Pois não sabes quais as verdades escondidas
E aprofundadas numa futura desilusão
Sintas a tua alma que te aconselha
Implorando que abras teus olhos inocentes
E vejas a mentira a qual te espelhas
Refletida covardemente em tua frente
Não te assustes com o que descobrirás
Pois a verdade pode parecer-te cruel e venenosa
Mas apenas piedosamente te mostrarás
O errante ser que predomina em tua vida enganosa
Desvia-te das garras as quais te prendem
A este mundo de falsas promessas e solidão
Seques as lágrimas que de teu rosto desprendem
E fujas para um lugar onde as alegrias te encontrarão
Assim finalmente encontrarás o teu destino
E poderás descansar tua alma aliviada
Esqueças as mágoas e angústias de teu passado cretino
E concentre-te apenas no futuro que construirás ao longo desta estrada