SUPLÍCIO
Quando as asas da noite
Envolvem os pensamentos
Criando nuvens sombreadas
De dor..`A sombra da dor
Abre-se a porta da desilusão.
Na minha retina
As figuras distorcidas
Da minha solidão revoam
Tropeçando em meus passos
Torturando-me...
Deixando suas marcas
Na minha alma...
A tristeza vem acordar
Com lentas e constantes batidas
As lembranças...
De meus medos
Até então enfurnadas
Em baús enferrujados.
Ah! Vida minha que esvae-se.
Tecidas nas teias da desilusão
Mergulhando-me na tristeza
Em espaços infindos da loucura
A ressoar, apenas os passos...
Da minha solidão.
Ó noite! Levanta vôo
E deixa...
Deixa que o dia pouse.
No meu coração.
Angela Pastana...poeta paraense
Obra: Suspiros