NOTURNO
A frieza do meu olhar
E a hostilidade das minhas palavras,
Acabaram com meu tormento
Mas deixaram marcas em mim.
Se hoje sou indiferente a tudo
E tudo é vazio,
É porque eu não sabia
Que os entusiasmos passageiros
Com o tempo, perdem a força
E a realidade é mais cruel.
Hoje só acredito no que vejo
E aquela esperança que havia
Em cada nova tentativa,
A muito já não sinto.
Coração que se ilude,
Procurarei ver alegria nesta vida obscura.
Não acredito mais
Na ingenuidade das ilusões !
São tantas lembranças perdidas no tempo ...
Na estrada em que me encontro,
Ninguém pode me seguir.
Eu vou sozinha
Pois só assim
Eu viverei em paz !