CHEIO DE TUDO E VAZIO DE NADA

Fico quieto numa esplanada de sol

Onde deixo amadurecer meus sentimentos

Olho sereno até onde a minha vista alcança

Reconhecendo a gratidão de palavras simples

Que descrevem o quanto sou feliz

Mesmo que a minha esplanada esteja vazia

Olho para um espelho e não me revejo na solidão

E o silêncio é abafado pela vida que me rodeia

Escrevo ecos do que sinto num papel virgem

Sobre um quadro do quanto já vivi

A imaginação pisa o cimo das minhas horas

Que tantas foram choro sem lágrimas

Tantas foram de sorrisos sem alegria

Mas foram tantas as que foram tanto

Que aprendi e avancei para a felicidade de hoje

Que são horas de afirmar e confirmar o que sou

Uma expansão de boa disposição

No saber agradecer as críticas más

Que empolgam os meus momentos adormecidos

Aumentando o meu ritmo físico e mental

Assim sentado na minha esplanada

O mundo é uma simples montra

Decorada por mentiras rotuladas de verdade

E tantas verdades escondidas nas nuvens

Que o trovão da sensibilidade troveja

E a chuva da sinceridade alagará

Os campos secos na planície da confiança

Onde florirão novas flores de paz

Como é bom estar na minha esplanada

Tão cheia de tudo e vazia de nada