Mar Revolto
Meus pés afundam nas frias ondas do mar...
E o tempo desaba sobre mim raivosamente.
Buscando um alicerce sobre a luz que dissipa,
Mergulhando nas trevas que escondem meus olhos.
À espera de um novo dia,
Perdeu-se nas pronfundezas abissais das lembranças,
E afogou-se na absoluta solidão dos mares sombrios.
Na gritante revolta que ecoa das ondas,
Há uma voz tímida que clama por compreensão.
Diante das águas que guardam o reflexo do céu,
Sempre haverá o sonho náufrago esperando por socorro,
O elo que une a esperança e a vida,
A ambição dos oceanos em vencer as pedras em seu caminho.
A sombra é uma luz apagada...
Quão sozinho viveria outra vez,
Se o mar me devolvesse o ar da vida.
Na estranha vontade de nunca retornar,
Amenizou sua saudade das vozes naqueles gritos silenciosos,
E no nascer do sol,
O mar calou-se no luto de suas memórias...