Mar Revolto

Meus pés afundam nas frias ondas do mar...

E o tempo desaba sobre mim raivosamente.

Buscando um alicerce sobre a luz que dissipa,

Mergulhando nas trevas que escondem meus olhos.

À espera de um novo dia,

Perdeu-se nas pronfundezas abissais das lembranças,

E afogou-se na absoluta solidão dos mares sombrios.

Na gritante revolta que ecoa das ondas,

Há uma voz tímida que clama por compreensão.

Diante das águas que guardam o reflexo do céu,

Sempre haverá o sonho náufrago esperando por socorro,

O elo que une a esperança e a vida,

A ambição dos oceanos em vencer as pedras em seu caminho.

A sombra é uma luz apagada...

Quão sozinho viveria outra vez,

Se o mar me devolvesse o ar da vida.

Na estranha vontade de nunca retornar,

Amenizou sua saudade das vozes naqueles gritos silenciosos,

E no nascer do sol,

O mar calou-se no luto de suas memórias...

Gabriel Russelle
Enviado por Gabriel Russelle em 14/02/2008
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