QUEM SABE ?
Não tenho o mar nem a imensidão
de algo maior que me toque.
Minhas mãos sobem e descem
crescendo num mesmo poema.
Um dia desses, eu me canso
e viro apenas um refrão...
E que alguém cante o dia delirante
sem mar, sem céu, só de asfalto.
Minhas marcas são profundas, mas
eu ainda sorrio, do nada...
Olho-me no espelho e lá vem ela:
a dose certa da poesia que me
embreaga...então eu canto e danço
no amor que proclama-me genuína.
Então a menina se esquece que o
mar é logo ali...e chora azul...
talvez um poema triste, que ainda
existe dentro dela.
Ou quem sabe a aquarela da vida,
lhe reserve poemas e cachoeiras
do mais sublime amor...
Quem sabe!