QUEM SABE ?

Não tenho o mar nem a imensidão

de algo maior que me toque.

Minhas mãos sobem e descem

crescendo num mesmo poema.

Um dia desses, eu me canso

e viro apenas um refrão...

E que alguém cante o dia delirante

sem mar, sem céu, só de asfalto.

Minhas marcas são profundas, mas

eu ainda sorrio, do nada...

Olho-me no espelho e lá vem ela:

a dose certa da poesia que me

embreaga...então eu canto e danço

no amor que proclama-me genuína.

Então a menina se esquece que o

mar é logo ali...e chora azul...

talvez um poema triste, que ainda

existe dentro dela.

Ou quem sabe a aquarela da vida,

lhe reserve poemas e cachoeiras

do mais sublime amor...

Quem sabe!

Luciane Lopes
Enviado por Luciane Lopes em 08/02/2008
Reeditado em 08/02/2008
Código do texto: T850451
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