DIA SÓ

Dia só.

Nasceu cinza colhendo

poemas azuis, de madrugadas

mais felizes.

Dia pó.

A cinza da vida, espalha-se.

Talvez eu seja algum resquício

da brasa mansa.

Dia...noite que eu ainda não

terminei de compor.

Escorro sem dó, esmaecida.

E o céu, sou eu...

A brisa, tem algo que eu ainda

não entendi, nem preciso.

Queimo ainda memórias cinzas,

espalho-me no azul das minhas

fronhas úmidas.

O hálito da madrugada,

em mim, saliva.

Dia só.

Vou soprar algo bom

por aqui...

Luciane Lopes
Enviado por Luciane Lopes em 06/02/2008
Código do texto: T847861
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