DIA SÓ
Dia só.
Nasceu cinza colhendo
poemas azuis, de madrugadas
mais felizes.
Dia pó.
A cinza da vida, espalha-se.
Talvez eu seja algum resquício
da brasa mansa.
Dia...noite que eu ainda não
terminei de compor.
Escorro sem dó, esmaecida.
E o céu, sou eu...
A brisa, tem algo que eu ainda
não entendi, nem preciso.
Queimo ainda memórias cinzas,
espalho-me no azul das minhas
fronhas úmidas.
O hálito da madrugada,
em mim, saliva.
Dia só.
Vou soprar algo bom
por aqui...