Estações
Vagando pelas colinas
Onde o sol se torna eterno
Dentes-de-leão esvoaçando pelo céu
Sentimento de despedida
Poesias desbotam com os botões mortos
Flores caidas como penas angelicais
Sufrágio de um mormasso
Num mar de palavras barrocas
Flores brotam como estrelas num céu sem esperanças
Perfumes da madrugada me sufocam
Deitado pelos campos decorados a sonhos
Acompanhado pelo exílio e solidão
Coração frio pela diária monotomia
Jornal de datas passadas e repetitivas imagens televisivas
Tons e timbres de meio-inverno
Acompanhado de lágrimas de estações
Na luz da manhã sobre qualquer elemento
A natureza se fez presente
Perante sentimento de abandono
Anos se passam e músicas se tornam antigas
Um adeus a cada mudança
Inocência de Gaia nostalgiada
Luz da manhã roubada
Sepultura de bromélias corrompidas