Estações

Vagando pelas colinas

Onde o sol se torna eterno

Dentes-de-leão esvoaçando pelo céu

Sentimento de despedida

Poesias desbotam com os botões mortos

Flores caidas como penas angelicais

Sufrágio de um mormasso

Num mar de palavras barrocas

Flores brotam como estrelas num céu sem esperanças

Perfumes da madrugada me sufocam

Deitado pelos campos decorados a sonhos

Acompanhado pelo exílio e solidão

Coração frio pela diária monotomia

Jornal de datas passadas e repetitivas imagens televisivas

Tons e timbres de meio-inverno

Acompanhado de lágrimas de estações

Na luz da manhã sobre qualquer elemento

A natureza se fez presente

Perante sentimento de abandono

Anos se passam e músicas se tornam antigas

Um adeus a cada mudança

Inocência de Gaia nostalgiada

Luz da manhã roubada

Sepultura de bromélias corrompidas

Marcos Ses
Enviado por Marcos Ses em 29/01/2008
Código do texto: T837734