INQUIETUDE II
Vasta noção, tempo em andamento.
Percebeu-se a profana sedução
Com olhos lacrimejantes sentou-se cabisbaixo
Rogando ao céu uma solução
E eu, a olhar já me inquietava.
Tamanho sofrimento em demasia
Chegou a descer uma lágrima
Por sentir tanta simpatia.
Deixai ajudá-lo, andarilho errante.
Mostra-lo-ei a vida em fantasia
Mais, talvez tu detenha-me o impulso.
De abraçá-lo, por ser cortesia.
Não, não estou cortejando-o sem sentido.
Agora te tornas um amigo
Confias a mim sem sutilezas
Desabrocha a alma em minhas correntezas.
Recolho teus pensamentos...
Não existe euforia na alma inquietante
Aplaude o amanhecer por ter nova aurora
Restabelece o sentir sendo inda –
Ora constrange - se, por só sonhar...
Ao viver de fingir, a qualquer idéia que apavora.
Pensar em você é adormecer e calar
Finalizar a arte de te amar
Ex - exagero de iludir-me com palavras
Estar sólido do querer sem comprimir
O peito, a alma em alvoroço...
Descobrir a imensidão da vida por um sopro
Da força inelutável, deixando-o partir.
Sempre ao longe observo o teu rosto
Quando o coração só pensa em Fugir,
Fugir, fugir...
A primeira impressão a qual tive
Despertou a curiosidade, aflitiva.
Imersão, grau de intensidade.
Girando em torno da inconsciência perdida.
Penso em meu amado, a todo o momento,
Vivo a imaginar o bem que me fazes
Alegro-me com um sorriso, mesmo ate sufocado,
Calada olho-te, com eterna mesura.
Subtraio o mal governado por ti
Iludi a alma novamente, por só sentir.
Ilusão, ilusão...