INQUIETUDE II

Vasta noção, tempo em andamento.

Percebeu-se a profana sedução

Com olhos lacrimejantes sentou-se cabisbaixo

Rogando ao céu uma solução

E eu, a olhar já me inquietava.

Tamanho sofrimento em demasia

Chegou a descer uma lágrima

Por sentir tanta simpatia.

Deixai ajudá-lo, andarilho errante.

Mostra-lo-ei a vida em fantasia

Mais, talvez tu detenha-me o impulso.

De abraçá-lo, por ser cortesia.

Não, não estou cortejando-o sem sentido.

Agora te tornas um amigo

Confias a mim sem sutilezas

Desabrocha a alma em minhas correntezas.

Recolho teus pensamentos...

Não existe euforia na alma inquietante

Aplaude o amanhecer por ter nova aurora

Restabelece o sentir sendo inda –

Ora constrange - se, por só sonhar...

Ao viver de fingir, a qualquer idéia que apavora.

Pensar em você é adormecer e calar

Finalizar a arte de te amar

Ex - exagero de iludir-me com palavras

Estar sólido do querer sem comprimir

O peito, a alma em alvoroço...

Descobrir a imensidão da vida por um sopro

Da força inelutável, deixando-o partir.

Sempre ao longe observo o teu rosto

Quando o coração só pensa em Fugir,

Fugir, fugir...

A primeira impressão a qual tive

Despertou a curiosidade, aflitiva.

Imersão, grau de intensidade.

Girando em torno da inconsciência perdida.

Penso em meu amado, a todo o momento,

Vivo a imaginar o bem que me fazes

Alegro-me com um sorriso, mesmo ate sufocado,

Calada olho-te, com eterna mesura.

Subtraio o mal governado por ti

Iludi a alma novamente, por só sentir.

Ilusão, ilusão...

Morgana Rosa
Enviado por Morgana Rosa em 25/01/2008
Código do texto: T832366
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