SOLIDÃO SEM MEDO

É neste simples casebre de madeira,

que sentado à mesa e à luz de vela,

escuto ondas do mar beijando a areia

e fico relendo poesias que fiz pra ela.

Assim nesse clima de nostalgia,

com tanta saudade em mim latente,

olhando nossa cama vazia e fria,

relembro noites de paixão ardente.

O vento gelado que vem do mar,

varando o corpo como uma lança,

não é capaz de conter ou esfriar

o meu amor nem minha esperança.

É também neste templo de solidão

que mantenho viva nossa paixão

e não tenho medo de tanto amar,

pela certeza de que ela irá voltar !

SP. 24/01/08

Fernando Alberto Salinas Couto

Fernando Alberto Couto
Enviado por Fernando Alberto Couto em 24/01/2008
Código do texto: T830812
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